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sexta-feira, 15 de março de 2013

Trindade - Confissão de Fé dos Hugenotes


TRINDADE II

“Se Jesus Cristo não é Deus, nós não estamos salvos”.
Em A encarnação do verbo – Atanásio


Trecho da Confissão de Fé dos huguenotes 

Calvinistas franceses martirizados por Villegaignon em terras brasileiras no ano de 1558.

Retirado de “Documentos Históricos do Protestantismo” – E-book de domínio publico (posso passar para alguém que quiser – basta solicitar abaixo)


"I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.
Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade de Deus em fé ou particularmente."


Essa música belíssima se encaixa perfeitamente no nosso tema. Conhecem?

quarta-feira, 13 de março de 2013

De Deus e da Santíssima Trindade


TRINDADE

“Se Jesus Cristo não é Deus, nós não estamos salvos”.
Em A encarnação do verbo – Atanásio

De acordo com a Confissão de Fé de Westminster (1646)

Confissão de Fé do povo de Deus chamado de Presbiterianos no ano de 1647


Retirado de “Documentos Históricos do Protestantismo” – E-book de domínio publico (posso passar para alguém que quiser – basta solicitar abaixo)


CAPÍTULO II

DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE

I. Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso, eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.

Deut. 6:4; I Cor. 8:4, 6; I Tess. 1:9; Jer. 10:10; Jó 11:79; Jó 26:14; João 6:24; I Tim.1:17; Deut. 4:15-16; Luc. 24:39; At. 14:11, 15; Tiago 1:17; I Reis 8:27; Sal. 92:2; Sal.145:3; Gen. 17:1; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Sal. 115:3; Exo3:14; Ef. 1:11; Prov. 16:4; Rom.11:36; Apoc. 4:11; I João 4:8; Exo. 36:6-7; Heb. 11:6; Nee. 9:32-33; Sal. 5:5-6; Naum 1:2-3.

II. Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas. Ele é a única origem de todo o ser; dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas tem ele soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas as coisas estão patentes e manifestas diante dele; o seu saber é infinito, infalível e independente da criatura, de sorte que para ele nada é contingente ou incerto.
Ele é santíssimo em todos os seus conselhos, em todas as suas obras e em todos os seus preceitos. Da parte dos anjos e dos homens e de qualquer outra criatura lhe são devidos todo o culto, todo o serviço e obediência, que ele há por bem requerer deles.

João 5:26; At. 7:2; Sal. 119:68; I Tim. 6: 15; At - . 17:24-25; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; Heb. 4:13; Rom. 11:33-34; At. 15:18; Prov. 15:3; Sal. 145-17; Apoc. 5: 12-14.

III. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de ninguém - não é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho.

Mat. 3:16-17; 28-19; II Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Não desperdice a sua bíblia

                               Mensagem de Paul Washer para os Cristãos Brasileiros


Fica a dica:
Leia a sua bíblia todos os dias.

Há alguns outros planos anuais de leitura bíblica que vocês podem seguir. Na página do VE tem um plano de leitura espaçado muito bom. Que tal dar uma olhadinha e começar a colocar em prática? 


Plano de leitura anual espaçado

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mateus 13 - 15

Uma Série de Parábolas sobre o Reino. 13:1-58.
A primeira e extensa série de parábolas foi apresentada em um dos dias mais ocupados do ministério de Jesus. O registro de Mateus apresenta una lista de sete parábolas, e uma aplicação filial.
18-23. A interpretação que Jesus dá à parábola explica que o destino da Palavra nesta dispensação, humanamente falando, é devido à condição dos corações humanos.
24-30. O Joio. Para a interpretação veja 13:36-43.
33-35. O Fermento. Embora alguns interpretem esta parábola e a precedente como sendo uma descrição da influência extensa do Evangelho, tais explicações violam o uso que Jesus fez desses símbolos em outros lugares, como também o significado das outras parábolas (por exemplo, O Joio) que mostram a existência do mal até o fim da dispensação.
38,39. O campo é o mundo. Não a Igreja. Filhos do reino. Como na explicação do Semeador, a semente é considerada aqui como tendo produzido plantas (13:19). O aparecimento dos verdadeiros seguidores de Cristo neste mundo é imitado pelo diabo, cujos filhos freqüentemente se disfarçam em crentes (II Co. 11:13-15).
44. O Tesouro Oculto. Embora o tesouro costume ser explicado como sendo Cristo, o Evangelho, a salvação, ou a Igreja, pelo que o pecador deveria estar pronto a sacrificar tudo, o uso consistente da palavra homem nesta série refere-se a Cristo, e o ato de esconder novamente depois de encontrar torna os quadros diferentes.
47-50. A Rede. Uma parábola parecida com a do Joio, mas com ênfase diferente. Esta rede é a rede de arrastão que se costuma deixar na água por algum tempo. Representa o Evangelho, que foi enviado ao mundo (mar nas Escrituras costuma simbolizar muitas vezes as nações que não têm descanso.
51-53. Conclusão das parábolas. Os discípulos, que receberam as parábolas e também os princípios de interpretação demonstraram compreender esses ensinamentos.
54-58. Visita a Nazaré. Mateus anexa este incidente para ilustrar de maneira tocante o desenvolvimento da oposição que tornou necessário o método das parábolas.
58. Não fez ali muitos milagres. Apenas algumas curas. Por causa da incredulidade deles. O poder de Cristo não depende da fé dos homens. Entretanto, a incredulidade impediu muitas oportunidades para realização de milagres visto que não muitas pessoas o procuravam.
A Retirada de Jesus após a Decapitação de João. 14:1-36.
O interesse de Herodes em relação às notícias sobre Jesus foi considerado pelo nosso Senhor como sinal para afastar-se. A ordem de Mateus, que antes era comumente por tópicos, agora começa a ficar cronológica até o fim.
1-12. O interesse culposo de Herodes. O tetrarca Herodes. Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, e governador da Galiléia e Peréia. Sua ignorância a respeito de Jesus antes desses acontecimentos deve ser por causa de sua ausência do país, ou devido aos seus hábitos de luxo, que o impediam de se interessar nos movimentos religiosos.
31. Jesus, estendendo a mão. Uma nova exibição de poder sobrenatural, não apenas salvamento físico por meio de força humana.
Homem de pequena fé. O milagre foi concedido para mostrar, em primeiro lugar, que a fé completa em Jesus como divino Messias é suficiente para todas as tarefas recebidas, e em segundo lugar, que a recusa de Jesus em aceitar a proposta política da multidão (Jo. 6:15) não deveria desiludi-los.
32,33. Verdadeiramente és o Filho de Deus. Equivalente ao Libertador Divino, o Messias, ou Cristo. Embora essa identificação fosse feita anteriormente pelos discípulos (Jo. 1:41, 49), havia uma percepção cada vez maior da parte dos Doze do que esses termos significavam.
Conflito com os fariseus por causa da tradição. 15:1-20.
A oposição local dos fariseus galileus (cap. 12) foi agora reforçada por uma delegação de Jerusalém. Tal oposição aumentada de freqüência e intensidade durante o final desse ano.
Retirada para a Fenícia, e a Cura da Filha da Mulher Cananéia. 15:21-28.
O ataque direto dos fariseus (vs. 1, 2) encorajados pela recente execução de João e a oposição de Herodes, provocou essa segunda retirada. A entrevista com a mulher descreve claramente o cenário histórico do ministério de Cristo, além dos aspectos mais amplos de Sua graça.
Volta ao Mar da Galiléia (Decápolis, Mc. 7:31), e a Realização de Milagres. 15:29-38.
Marcos mostra que Jesus prosseguiu para o norte da Fenícia através de Sidom, depois para o leste atravessando o Jordão e finalmente para o sul através de Decápolis até alcançar o mar da Galiléia. Essa rota sugere que ele evitou deliberadamente o domínio de Herodes Antipas.
Renovado Conflito com os Fariseus e Saduceus. 15:39 – 16:4.
39. Magadã. A localização é desconhecida. Marcos 8:10 diz Dalmanuta, cuja localização também é incerta. Aparentemente o lugar fica no litoral ocidental da Galiléia.


Sem. Elton Roberto


Mateus 12 – A oposição dos fariseus. 12:1-58.

Mateus registra urna série de incidentes demonstrando a natureza da hostilidade farisaica.
1-8. Os fariseus se opõem à colheita de espigas no sábado.
9-21. Os fariseus se opõem à cura no sábado.
22-37. Os fariseu se opõem a que Cristo expulse demônios.
38-45. Os fariseus e os escribas exigem um sinal.
46-50. A mãe e os irmãos de Cristo.

Mateus registra urna série de incidentes demonstrando a natureza da hostilidade farisaica.
1. Ao caminhar pelas searas, os discípulos exerceram seu privilégio legal de colher e comer as espigas (Dt. 23:25).
2. Para os fariseus, que deviam estar passeando pelos mesmos campos, o ato pareceu ilícito porque envolvia a quebra do sábado. Rabinicamente interpretado, colher espigas era trabalho (Êx. 20:10).
3,4. A primeira réplica de Cristo cita Davi e os pães da proposição (I Sm. 21:1-6). Embora a Lei divina restringisse os pães da proposição aos sacerdotes (Lv. 24:9), a extrema necessidade humana invalidava este regulamento, e os rabis o compreendiam assim.
 5,6. Uma segunda ilustração mostra que a lei do descanso sabático não era absoluta, pois dos sacerdotes se exigia pela própria lei que trabalhassem no sábado (Nm. 28:9,10). O argumento é, se os sacerdotes não são culpados ao trabalhar no sábado para promoção da adoração no templo, quanto menos culpa têm os discípulos em usar o sábado para a obra de Cristo, que é a realidade para a qual o Templo apontava.
7. O terceiro argumento de Cristo aponta a má interpretação farisaica de Os. 6:6. Misericórdia quero e não holocausto (conf. Mt. 9:13). Deus deseja corações preparados muito mais do que as exterioridades que se transformaram em meras formalidades. Uma compreensão espiritual de Cristo e dos discípulos da parte dos fariseus teria evitado que julgassem os inocentes.
8. É Senhor do sábado. Considerando que Jesus, como Filho do Homem, é o Senhor do sábado, os discípulos que usaram o sábado ao segui-lo, faziam-no de maneira apropriada.
10,11. É lícito curar nos sábados? O V.T, não fez nenhuma proibição, mas alguns rabis achavam que era trabalho. Jesus, entretanto, apontando para o que qualquer indivíduo teria feito em favor de uma infeliz ovelha, esclareceu a sua própria obrigação.
12. Considerando que o homem é incomparavelmente mais valioso do que uma ovelha, Ele tinha de vir ao seu socorro. Deixar de fazer o bem quando está ao alcance é o mesmo que fazer o mal.
13, 14. O milagre apenas enfureceu os fariseus, que imediatamente conspiraram (com os herodianos, Mc. 3:6) em como lhe tirariam a vida. Assim, na Galiléia, como acontecera há pouco em Jerusalém (Jo. 5:18), o ódio assassino começou a tomar forma definida. Homens que achavam que curar no sábado era violação da lei não sentiam escrúpulos em conspirar um homicídio.
15. Afastou-se dali. O conhecimento da conspiração apressou Jesus a evitar o conflito aberto nessa ocasião, pois a sua hora ainda não era chegada. Assim Ele transferiu seu ministério para outros setores (Mc. 3:7), e curou ele a todos.
16. Entretanto, ele advertia aqueles que curava (especialmente os endemoninhados, Mc. 3:11, 12) a não usarem os milagres para proclamá-lo o Messias, excitar conseqüentemente as multidões e a oposição.
17-21. Para se cumprir. Este ministério manso e não provocativo de Jesus está descrito por Mateus para ser consistente com a profecia messiânica (Is. 42:1-4). Pois assim como Jesus enfatizou os aspectos justiceiros e espirituais do seu Reino, também não se empenhou em arengas públicas, nem em demagogia política. Torcida que fumega. O pavio de um candeeiro cujo combustível se acabou, símbolo daqueles que são fracos.
22. Um endemoninhado. A possessão demoníaca produziu dois efeitos colaterais – cegueira e mudês. A cura removeu todas as três aflições.
23. É este, porventura, o Filho de Davi? A resposta negativa implícita na pergunta revela que mesmo tendo o milagre levantado a possibilidade de sua messianidade (Filho de Davi, conf. 1:20; 9:27), o povo tinha a predisposição de não crer.
24. A perversa acusação de que o poder que Cristo possuía sobre os demônios derivava de uma ligação com Belzebu (veja comentário em 10:25) era do conhecimento pleno de Jesus e foi publicamente refutada de maneira inatacável.
25,26. A simples analogia de um reino dividido, cidade ou casa, que tende à autodestruição, refuta a acusação. Pois, expulsando demônios, Jesus estava certamente frustrando as obras de Satanás, e devemos creditar a Satanás uma porção razoável de esperteza. (Nem se deveaceitar que Satanás pudesse permitir uma expulsão para confundir, pois não foi um caso isolado.)
27. Por quem os expulsam vossos filhos? Considerando que alguns dos companheiros desses fariseus (compare a expressão do V.T., "filhos dos profetas") diziam possuir o poder de exorcizar, era ilógico atribuir efeitos semelhantes a causas diferentes. Se os judeus realizavam exorcismos válidos não importa à argumentação (ad hominem). O fato dos fariseus asseverarem-no torna o argumento eficiente. Se, entretanto, Jesus insinua que pelo menos alguns dos exorcismos dos fariseus eram genuínos, é preciso aceitar que o poder deles vinha de Deus (caso contrário, o argumento de Cristo ficava grandemente enfraquecido).
28,29. O argumento final de Cristo chama a atenção para o seu próprio ministério, particularmente para a expulsão dos demônios, que era evidência suficiente de que era chegado o reino de Deus. A descrição do ministério de Cristo como a entrada na casa do valente (o domínio de Satanás) para roubar-lhe os bens (o poder de Cristo sobre os demônios), fornece prova clara de que o homem valente (Satanás) primeiro foi manietado. A vitória de Jesus sobre Satanás na tentação (4:1-11) demonstrou a superioridade do Senhor.
30. Quem não é por mim é contra mim. No conflito com Satanás, a neutralidade é impossível.
31,32. Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens. O princípio geral. A expiação feita por Cristo no Calvário seria suficiente para remir a culpa de todos os pecados, até as formas mais graves de injúria contra Deus (blasfêmia). Um pecado, entretanto, foi declarado imperdoável: se alguém falar contra o Espírito Santo. À vista do princípio que Jesus apresentou antes, esta imperdoabilidade não pode ser devida à impropriedade da expiação, nem podemos supor qualquer santidade peculiar da Terceira Pessoa da Trindade. Muitos explicam este pecado como sendo a atribuição da miraculosa obra do Espírito ao poder de Satanás (conf. Mc. 3:29, 30), e não vêem possibilidade de ser hoje cometido . Os versículos seguintes apontam o coração corrupto como a causa do pecado.
A função particular do Espírito é a de convencer e causar arrependimento, tornando o homem receptivo ao apelo de Cristo. Assim, os corações que odeiam a Deus e blasfemam contra Cristo (I Tm. 1:13) ainda podem ser convencidos e levados ao arrependimento pelo Espírito. Mas aquele que rejeita toda aproximação do Espírito afasta-se da única força que o pode levar ao perdão (Jo. 3:36). Que tal estado decaído pode ser experimentado nesta vida está claramente implícito nesta passagem. O V.T, descreve-os dizendo que pecam "atrevidamente" (Nm. 15:30): para tais não existe expiação. Os homens não podem ler os corações e portanto não podem julgar quando os outros chegaram a esse estado. A verdadeira possibilidade desse pecado não enfraquece o apelo do evangelho. "Todo aquele que quiser", pois pela sua própria natureza tal vontade não tem a inclinação de aceitar. Quanto aos fariseus que ouviam Jesus, não se declarou se cometeram ou não este pecado em sua totalidade. Sua considerável instrução tornou grande a sua responsabilidade; sua hostilidade anterior provou sua incredulidade determinada.
33-35. Fazei a árvore boa. Uma passagem semelhante a 7:16-20, onde as palavras dos homens são consideradas como indicação do estado do coração humano.
36,37. No dia do juízo o Senhor examinará a vida de todos os homens de ponta a ponta, até mesmo toda palavra frívola (não necessariamente má) que tenha brotado do seu coração. Só o divino Juiz é capaz de registrar, avaliar e dar um veredito sobre tais assuntos.
38-45. Os fariseus e os escribas exigem um sinal.
38. Queremos ver de tua parte algum sinal. Ignoraram os milagres anteriores. Queriam algum feito sensacional que estivesse de acordo com a idéia que tinham do Messias (conf. Mt. 16:1), um sinal que não exigisse fé, só vista.
39. Uma geração má e adúltera. Uma descrição da nação espiritualmente infiel nos seus votos feitos a Jeová (conf. Jr. 3:14,20). Para tal nação, o grande sinal da Ressurreição foi aqui profetizado (e até já fora sugerido antes, Jo. 2:19-21).
40. A experiência de Jonas, que foi libertado do ventre do monstro marinho, era um tipo do futuro sepultamento e ressurreição de Jesus depois de três dias e três noites no coração da terra. Aqueles que se apegam à tradicional crucificação na sexta-feira explicam o tempo aqui idiomaticamente, como partes de dias (sexta-feira, sábado e domingo). Aqueles que se apegam à crucificação na quinta-feira explicam a referência literalmente, contando setenta e duas horas, do pôr-do-sol de quinta-feira ao pôr-do-sol de sábado.
41. Os ninivitas, tendo recebido Jonas e a sua mensagem depois de seu milagroso salvamento, se arrependeram. Por isso, sua atitude coloca Israel em situação muito pior, pois como nação permaneceu sem arrependimento, tanto antes como depois da Ressurreição, mesmo quando estava ali quem é maior do que Jonas (maior do que).
42. Do mesmo modo o interesse da rainha de Sabá (I Reis 10:1-13) pela sabedoria de Salomão (divinamente concedido) colocará em triste contraste, no juízo, a incredulidade do atual judaísmo.
43-45. Uma parábola notável sugerida, naturalmente pela ocasião (12:22 e segs.), descreve a situação precária de Israel (e dos fariseus). O demônio expulso, não encontrando descanso nos lugares áridos (indicado em outro lugar como habitação dos demônios: Is. 13:21; Baruque 4:35; Ap. 18:2) retorna à sua antiga habitação, que agora está mais atraente (varrida e ornamentada), mas vazia. Torna a entrar com outros sete espíritos, e o resultado é uma degeneração ainda pior.
Assim também acontecerá. Israel (nacional e individualmente) foi moralmente purificada pelos ministérios de João e Jesus. Desde o Exílio, as perversidades da idolatria declarada foram removidas. Mesmo assim, em alguns casos, a reforma que tinha a intenção de ser preparatória interrompeu-se. A casa de Israel estava ''vazia". Cristo não foi convidado a ocupá-la. Por isso esta geração perversa alcançará um estado ainda pior. Alguns anos mais tarde esses mesmos judeus enfrentaram os horrores de 66-70 A.D. No tempo do fim, os membros dessa raça  serão especialmente vitimados por demônios (Ap. 9:1-11).
46-50. A mãe e os irmãos de Cristo.
46,47. Sua mãe e seus irmãos. Esses irmãos são presumivelmente os filhos de José e Maria, nascidos depois de Jesus. Procurando falar-lhe indica que foi feito um esforço, mas a multidão era grande demais (Lc. 8:19). Os motivos de sua preocupação estão óbvios. Anteriormente, a pregação de Jesus em Nazaré forçara a família a mudar-se para Cafarnaum (4:13; Lc. 4:16-31; Jo. 2:12). Agora provocara a oposição aberta e blasfema dos fariseus. Além disso, amigos file contaram que a tensão do seu ministério afetara-file a saúde (Mc. 3:21). O versículo 47 acrescenta alguma informação nova, e muitos manuscritos o omitem.
48. Quem é minha mãe? Com esta pergunta que intriga, Jesus deixa a multidão admirada e a prepara para ouvir uma preciosa verdade.
50. Qualquer que fizer a vontade de meu Pai. Este "fazer" não é alguma forma de justiça pelas obras, mas a reação do homem ao apelo de Cristo. "A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou" (Jo. 6:29). O relacionamento espiritual entre Cristo e os crentes é mais íntimo que o mais íntimo laço de sangue. Essas palavras não foram um desrespeito à Maria, nem a seus irmãos, pois em ocasião posterior nós os encontramos participantes desse. relacionamento espiritual (Atos 1:14). Como também não há aqui nenhuma sugestão de que a mãe de Jesus tivesse um acesso especial à sua presença.

Mateus 13
Uma Série de Parábolas sobre o Reino. 13:1-58.
A primeira e extensa série de parábolas foi apresentada em um dos dias mais ocupados do ministério de Jesus.
1. Naquele mesmo dia. Só Mateus relaciona este episódio à discussão anterior. Sendo tão grande a multidão (que sua família não pôde alcançá-lo; 12:46), Jesus saiu da casa e orientou-se à beira do mar.
2. Usando um barco como se fosse plataforma, ele se assentou tal como os mestres costumavam fazer e dirigiu-se aos que estavam na praia.
3a. Parábolas. Narrativas especiais que Jesus usava para transmitir verdades espirituais através de comparações. Embora Jesus não seja o inventor do ensino por meio de parábolas, o uso que fez do método ultrapassou em muito todos os outros mestres na eficiência e profundidade das verdades descritas.
3b. O semeador. O artigo definido é provavelmente genérico. Todos os semeadores trabalham da mesma maneira.
4. Ao jogar a semente, uma parte caiu sobre a terra crestada do caminho que atravessava o campo. Essa semente sobre a superfície rapidamente atraiu as aves.
5,6. Solo rochoso. Não um solo coberto de pedras, mas uma grande rocha coberta com uma fina camada de terra. As sementes ali lançadas brotariam rapidamente, pois o sol aqueceria rapidamente a fina crosta; mas por falta de raiz e umidade, a planta rapidamente queimou e secou-se.
7. Entre os espinhos. Solo infestado com raízes de espinhos que o arado não removeu.
8. Boa terra. O solo fértil da Galiléia era capaz de produzir colheita da magnitude mencionada aqui.
9. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Uma declaração de que esta história simples, sem prefácio nem explicação, tinha um significado mais profundo.
10-17. Em resposta à pergunta dos discípulos, Jesus declara os motivos porque falava em parábolas.
10. Por que? Já usara parábolas anteriormente, mas esta ocasião era obviamente diferente. Agora as próprias parábolas formavam a base do seu ensino; não eram simples ilustrações.
11. Os mistérios do reino dos céus identificam o conteúdo dessas parábolas como revelação anteriormente velada pertencente ao Reino. A interpretação as relaciona com o dia presente. As glórias do reino messiânico foram claramente esboçadas no V.T. Mas a rejeição do Messias e o intervalo entre a primeira e a segunda vindas não foi compreendida. Essas parábolas descrevem a estranha forma do Reino enquanto o Rei se encontra ausente, durante o tempo em que o Evangelho está sendo pregado e um núcleo espiritual está se desenvolvendo para o estabelecimento do reino messiânico (Cl. 1:13; Mt. 25:34). A revelação desses mistérios em forma de parábola foi devido à existência de dois grupos distintos: a vós é dado, mas àqueles não lhes é isso concedido.
12. Aquele que tem. Os discípulos, tendo reagido na fé para com Jesus, já possuíam muito da verdade relacionada com o Messias e o seu programa. Reflexões cuidadosas Sobre essas parábolas dariam-lhes mais luz. Ao que não tem. Os incrédulos definidos que recusaram os ensinamentos anteriores de Jesus (conf. caps. 10 e 11) não receberiam a verdade nua para que não a pisoteassem (conf. 7:6). Mas aí também está a graça, pois foram poupados à grande culpa de rejeitarem o mais simples ensinamento, e lá ficou a possibilidade de que a parábola fascinante pudesse despertar a curiosidade provocando uma mudança de coração.
13-15. O estado decaído de insensibilidade espiritual entre o povo foi encarado como cumprimento parcial (se cumpre a profecia) de Is. 6:9, 10. A citação de Mateus acompanha a Septuaginta, e enfatiza a incredulidade obstinada do povo. A expressão hebraica torna o coração deste povo insensível, apresenta a condição como castigo de Deus pela sua dureza espiritual.)
16,17. Os discípulos, que aceitaram o Messias, foram beneficiados com os privilégios desejados há muito pelos profetas e homens justos da economia do V.T. (conf. I Pe. 1:10-12).
18-23. A interpretação que Jesus dá à parábola explica que o destino da Palavra nesta dispensação, humanamente falando, é devido à condição dos corações humanos.
18. O semeador. Não identificado, mas de conformidade com a parábola seguinte, está claro que é o próprio Cristo, e aqueles que o representam (13:37).
19. A palavra do reino (palavra de Deus, Lc. 8:11), simbolizada pela semente, é a mensagem que Jesus proclamou referente a ele mesmo e ao seu reino.
Este é o que foi semeado à beira do caminho. Não é uma confusão de figuras, mas uma visão da semente no solo que culmina na planta, e assim representando o caso individual. o ouvinte ao pé do caminho é aquele que não reage de maneira nenhuma, do qual Satanás (o maligno), pessoalmente ou através de agentes (aves, v. 4, costumam representar simbolicamente o mal: Jr. 5:26, 27; Ap. 18:2), logo remove todas as impressões espirituais.
20,21. A semente sobre o recife descreve o caso do ouvinte superficial, emocional (a recebe logo com alegria), cujo entusiasmo inicial fica completamente murcho sob o sol revigorante e necessário da angústia ou a perseguição.
22. A semente que brota entre os espinhos descreve o ouvinte preocupado cujo coração já está cheio de cuidados e de interesses mundanos (os espinhos já estão no solo, mas não visíveis no momento da sementeira). Uma fidelidade dividida não permite a maturação dos valores espirituais. 23. Os únicos ouvintes que receberam aprovação são os da boa terra. Só ali se produz fruto (Gl. 5:22, 23), e a fertilidade é o teste da vida (Jo. 15:1-6). A explicação de como os corações chegaram a tais condições está fora do alcance desta parábola.
24-30. O Joio. Para a interpretação veja 13:36-43.
24. O reino dos céus é semelhante a um homem. Cristo caracteriza o interregno através do caso do homem que teve a seguinte experiência.
25,26. Os homens dormiam. De noite; o momento mais provável para este trabalho perverso. Nem aqui nem na interpretação este detalhe é considerado uma negligência. Joio, todos concordam que é joio, uma planta nociva, praticamente impossível de distinguir do trigo até que a espiga se desenvolva.
27. Donde vem, pois, o joio? A extensão da planta inútil não pode ser devido a um acaso (por exemplo, o vento levou a semente), mas só em virtude de uma sementeira deliberada. Mas, não é óbvio que o pai de família semeou boa semente? (A resposta afirmativa está implícita.)
29,30. Tempo da ceifa. Quando as diferenças entre o trigo e o joio forem mais pronunciadas, e a separação puder ser feita economicamente pelos ceifeiros. Então o joio foi primeiro atado em molhos para ser queimado, e o trigo foi ajuntado.
31,32. O Grão da Mostarda. Esta parábola parece-se com as duas primeiras no seguinte: todas mencionam um homem, um campo e a semente. Consistentemente interpretadas, em cada uma delas o homem simboliza Cristo, o campo é o mundo, e a semente é a Palavra que fala de Cristo e seu reino.
Grão de mostarda. Seu tamanho diminuto é proverbial (conf. Mt. 17:20). No entanto, neste exemplo, ela cresce e se transforma na maior das hortaliças, uma árvore. Exemplos de crescimento fora do comum na Palestina já foram observados por viajantes, mas raramente, se é que houve, do tamanho descrito aqui (conf. Mc. 4:32). Que tal crescimento é tido como desfavorável sugere-se pelas aves que aninham-se nos seus ramos. Nesta série de parábolas, as aves são os agentes do mal (13:4, 19), como acontece freqüentemente nas Escrituras (Jr. 5:26, 27; Ap. 18:2). A história confirma o fato de que do menor dos começos a igreja cresceu espantosamente por meio da proclamação da mensagem de Cristo. No entanto tal crescimento fora do comum tem fornecido lugar de pousada para aqueles que são inimigos de Deus, que procuram a sombra e os frutos da árvore para seus próprios interesses (até as nações gostam de serem chamadas "cristãs"). Os discípulos foram advertidos que a simples grandeza do que aparece externamente ser o reino de Cristo não é essencialmente uma contradição ao ensinamento de Cristo que diz que os verdadeiros crentes são um pequeno rebanho rodeado de lobos (Lc. 12:32; Mt. 10:16).
33-35. O Fermento. Embora alguns interpretem esta parábola e a precedente como sendo uma descrição da influência extensa do Evangelho, tais explicações violam o uso que Jesus fez desses símbolos em outros lugares, como também o significado das outras parábolas (por exemplo, O Joio) que mostram a existência do mal até o fim da dispensação.
33. Fermento. Um bolo de massa velha em alto grau de fermentação. O fermento no V.T. é geralmente símbolo do mal. Mais tarde Cristo usou esse símbolo referindo-se à doutrina perniciosa dos fariseus, saduceus e Herodes (Mt. 16:6-12; Mc. 8:15). As referências paulinas (I Co. 5:6, 7; Gl. 5:9), que com certeza consideram o fermento como sendo o mal, parecem grandemente influenciadas pelas parábolas de Cristo.
Três medidas de farinha. Parece uma quantidade comumente usada na cozinha (Gn. 18:6). A mulher (em contraste com o homem nas outras parábolas é o oponente de Cristo e impregna o reino nesta dispensação com falsa doutrina. Em outro lugar ela é denominada "Impiedade" (Zc. 5:7,8), "Jezabel" (Ap. 2:20 e segs.), e a "grande meretriz" (Ap. 17:1 e segs.). Por meio dessa caracterização do fermento na farinha, os crentes são advertidos a se precaverem contra a falsa doutrina que se infiltraria em todas as partes do reino no seu aspecto interregno.
34,35. Nesta ocasião Cristo falou publicamente (às multidões) só em linguagem simbólica, sem interpretação. Só aos discípulos ele explicou o simbolismo (13:10 e segs.; 13:36 e segs.). Mateus o considerou uma retrospecção do Sl. 78:2, e viu em Jesus o mais perfeito cumprimento da função profética.
36-43. A interpretação que Cristo dá à parábola do Joio. Para a própria parábola consulte 13:24-30.
36. Explica-nos a parábola. Esta parábola é mais complicada do que a da Mostarda, da Semente e do Fermento e a sua implicação com o mal persistente pode ter entrado em conflito com as idéias dos discípulos. A explicação que nosso Senhor deu aos símbolos mostra que os detalhes maiores são importantes, mas que alguns aspectos têm simplesmente a função de dar forma à história e não são simbólicos (por exemplo, o homem que dormia, os servos do pai de família, o amarrar dos feixes).
38,39. O campo é o mundo. Não a Igreja. Filhos do reino. Como na explicação do Semeador, a semente é considerada aqui como tendo produzido plantas (13:19). O aparecimento dos verdadeiros seguidores de Cristo neste mundo é imitado pelo diabo, cujos filhos freqüentemente se disfarçam em crentes (II Co. 11:13-15).
40-43. Embora a remoção eficiente em estágio precoce fique provado ser impossível (v. 29), no fim anjos serão encarregados de colher o joio e o retirarão do seu reino. Assim o joio no mundo também é considerado existente dentro do reino sob um certo aspecto. Deve ser, portanto, na peculiar forma do Reino durante o interregno. A remoção final será feita pelos anjos na consumação do século – o fim da septuagésima semana de Daniel, e o tempo da segunda vinda de Cristo, quando Ele estabelecerá o seu glorioso reino (Mt. 25:31-46; Dn. 12:3). Deve-se observar novamente que a Igreja e o Reino não são co- extensivos, embora, antes do Arrebatamento, os cidadãos do Reino também sejam membros da Igreja. Depois que a Igreja for retirada pelo Arrebatamento, haverá cidadãos do Reino na terra durante a Tribulação. A declaração de que o joio será colhido "primeiro" (vs. 30, 41-43) demonstra claramente que isto não acontecerá por ocasião do Arrebatamento (ocasião na qual os santos serão colhidos), mas no final da Tribulação. Veja uma declaração similar no comentário sobre Mt. 24:40-42, onde os que são retirados são julgados, e os que ficam desfrutam de bênçãos.
44. O Tesouro Oculto. Embora o tesouro costume ser explicado como sendo Cristo, o Evangelho, a salvação, ou a Igreja, pelo que o pecador deveria estar pronto a sacrificar tudo, o uso consistente da palavra homem nesta série refere-se a Cristo, e o ato de esconder novamente depois de encontrar toma os quadros diferentes. Antes, o tesouro oculto num campo descreve o lugar ocupado pela nação de Israel durante o interregno (Êx. 19:5; Sl. 135:4). Cristo veio para essa nação obscura. A nação, entretanto, rejeitou-o, e assim, com propósito divino, foi privada de sua importância financeira; anda hoje continua obscura no seu aspecto externo quanto ao seu relacionamento com o reino messiânico (Mt. 21:43). Mas Cristo deu a sua própria vida (tudo quanto tem) para comprar todo o campo (o mundo, l Co. 5:19; I Jo. 2:2), e assim conseguiu plena posse de direito por descobrimento e redenção. Quando ele voltar, o tesouro será desenterrado e totalmente revelado (Zc. 12,13).
45,46. A Pérola. Esta parábola, parecida no seu desenvolvimento com a do Tesouro Escondido, costuma ser explicada da mesma maneira; mas essas explicações são vulneráveis diante de algumas das mesmas objeções. É consistente, entretanto, que se considere Cristo o negociante, que veio buscar homens e mulheres (boas pérolas) que lhe correspondessem e à sua mensagem. Finalmente deu a sua vida (tudo o que possuía) para comprar uma pérola de grande valor (I Co. 6:20). Essa uma pérola representa a Igreja, essa outra grande sociedade dentro do Reino, composta de homens e mulheres que foram feitos um só na Igreja (I Co. 10:17; 12:12, 13).
47-50. A Rede. Uma parábola parecida com a do Joio, mas com ênfase diferente. Esta rede é a rede de arrastão que se costuma deixar na água por algum tempo. Representa o Evangelho, que foi enviado ao mundo (mar nas Escrituras costuma simbolizar muitas vezes as nações que não têm descanso. Lc. 21:25; Dn. 7:3, 17) através de Cristo e seus apóstolos. Entre os diversos tipos de peixes apanhados pela rede, alguns são ruins, os quais Jesus interpreta como os homens maus, e que na parábola do Joio foram ali colocados por Satanás (conf. também com as aves nos ramos, v. 32). Nem todos os que parecem aceitar o Evangelho são genuinamente convertidos.
51-53. Conclusão das parábolas. Os discípulos, que receberam as parábolas e também os princípios de interpretação (conf. Mc. 4:34) demonstraram compreender esses ensinamentos. Então Jesus comparou a situação deles com a de um escriba versado (isto é, mestres e intérpretes da verdade de Deus) que é semelhante a um pai de família eficiente que tem um celeiro repleto para cumprimento de suas obrigações. Coisas novas e coisas velhas. Velhas verdades há muito contidas no V.T. e as novas como aquelas que foram reveladas nas parábolas.
54-58. Visita a Nazaré. Mateus anexa este incidente para ilustrar de maneira tocante o desenvolvimento da oposição que tornou necessário o método das parábolas (13:11-15). Esta visita, também registrada em Mc. 6:1-6, é outra e não aquela anterior narrada em Lucas 4:16-30 (antes de Mt. 4:13).
54. A sua terra. Nazaré e suas redondezas.
55. O filho do carpinteiro. A narrativa de Marcos (6:3) indica que alguns chamavam Jesus de "o carpinteiro", indicação de que nosso Senhor aprendeu o ofício de José
56,57. Embora a mãe e os irmãos de Cristo tivessem se mudado para Cafarnaum (4:13), suas irmãs evidentemente se casaram e ficaram em Nazaré (entre nós). Considerando que a meninice e juventude de Cristo não se distinguiram por nenhum milagre (conf. Jo. 2:11) seus concidadãos não foram capazes de entender a razão ou de aceitar esse novo reino. Por isso Jesus emprega o mesmo provérbio que antes para explicar a reação deles (Lc. 4:24).
58. Não fez ali muitos milagres. Apenas algumas curas (Mc. 6:5) Por causa da incredulidade deles. O poder de Cristo não depende da fé dos homens (conf. Jo. 9:3, 36; Lc. 7:11-15). Entretanto, a incredulidade impediu muitas oportunidades para realização de milagres visto que não muitas pessoas o procuravam.


Sem. Elton Roberto

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Mateus 8 -11

Mateus 8
8:1-4. A purificação de um leproso. Leproso. Para descrição da lepra bíblica veja Lv.  13, 14. No V.T., esta enfermidade repugnante foi transformada em símbolo dos efeitos do pecado sobre o homem. (As leis não eram primordialmente higiênicas, pois uma pessoa completamente coberta com lepra podia ser declarada limpa; Lv. 13:12, 13.) 
5-13. A cura do servo de um centurião. Centurião. Lucas indica que ele apelou para Jesus por intermédio de anciãos judeus e outros amigos (Lc. 7:1-10). Os centuriões são uniformemente descritos no N.T, como homens de bom caráter (Mt. 27:54; Atos 10:22;  27:3, 43; e outros).
14-17. A cura da sogra de Pedro e outros. Tendo Jesus chegado à casa. Vindo de um culto na sinagoga (Lc. 4:38; Mc. 1:29). Ardendo em febre. Esperando hóspedes, esta enfermidade deve ter perturbado muito todos de casa. Servi-lo. A cura foi completa, sem recuperação gradual. A sugestão de que a esposa de Pedro já tinha morrido,  considerando que sua sogra o serviu, contradiz I Co. 9:5.
18-22. Entrevista com possíveis seguidores. A ligação cronológica desta passagem complica-se quando comparada com Lucas (9:57), que a coloca muita mais tarde. Talvez a primeira entrevista acontecesse quando Jesus preparava-se para embarcar, e Mateus acrescenta o último incidente no mesmo parágrafo, enquanto que Lucas agrupa três incidentes parecidos na ocasião.
23-27. Apaziguando a tempestade. Uma grande tempestade. A palavra geralmente usada para "terremoto" foi empregada aqui, talvez por causa da turbulência da água, tão violenta que aterrorizou até mesmo marinheiros experientes. Tempestades violentas não são raras na Galiléia.
28-34. A cura de dois endemoninhados (Mc. 5:1-20; Lc. 8:26-39). Terra dos Gadarenos. Foi assim denominada segundo a cidade de Gadara ao sul.
Mateus 9
9:1-8. A cura de um paralítico (Mc. 2:1-12; Lc. 5:17-26). Sua cidade. Cafarnaum (Mc. 2:1; Mt. 4:13). Paralítico. Este paralítico foi abaixado através do telhado por quatro amigos em virtude da densidade da multidão (Mc. 2:3, 4).
9-13. Vocação de Mateus, e a festa na sua casa. Todos os sinóticos registram este incidente logo depois da cura do paralítico. Mateus. Também chamado Levi (Mc. 2:14; Lc. 5:27).
14-17. Esta entrevista com os discípulos de João também deve ter acontecido na festa de Mateus (observe a conexão íntima em Lc. 5:33). Jejuamos muitas vezes. Ao jejum anual estipulado pelas Escrituras (Dia da Expiação) foram acrescentados jejuns para todas as segundas e quintas-feiras, que os fariseus e outros observavam, inclusive os discípulos de João (Lc. 5:33). A resposta de Cristo trouxe à baila a declaração do
próprio João (Jo. 3:29), comparando o ministério de nosso Senhor a uma festa de casamento.
18-26. A cura da mulher que tinha hemorragia e a ressurreição da filha de um chefe. Chefe. Um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, provavelmente de Cafarnaum (Mc.  5:21, 22).
27-31. A cura dos dois cegos. Esta narrativa e a seguinte são peculiares a Mateus.
Filho de Davi. Uma designação messiânica. Considerando que nessa ocasião Jesus estivesse evitando títulos públicos que pudessem ser considerados politicamente, ele não tomou conhecimento desses dois cegos até que todos entraram na casa.
32-34. A cura de um endemoninhado mudo. Ainda que os endemoninhados fossem freqüentemente violentos e loquazes, este era mudo e foi trazido por outros (foi-lhe trazido um mudo endemoninhado). Mateus descreve o acontecimento com um mínimo de detalhes, observando principalmente a reação da multidão.
35-38. Outra viagem pela Galiléia. As opiniões divergem sobre se este parágrafo descreve uma terceira excursão pela Galiléia
Mateus 10  
A Missão dos Doze. 10:1-42.
Depois de uma declaração explicatória e enumeração dos Doze, Mateus apresenta o desafio que Cristo lhes faz na sua primeira missão.
Mateus 11
 A Resposta de Cristo a João, e Discurso Relacionado. 11:1-30. Aqui Jesus responde a incisiva pergunta de João, presta uma homenagem pública ao seu precursor que se encontra prisioneiro, e castiga as cidades que O rejeitaram.


Sem. Elton Roberto